Pro pessoal do Francisco Glicério que se deixa abrir a mente e erguer os olhos para o desconhecido...
Os vídeos na videoteca acima não foram selecionados. Foi feita uma indicação por palavras-chave, então alguns são bem interessantes, outros nem tanto...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cursinhos Populares

por Fernando Xavier Silva

“Um passo à frente. E você não está mais no mesmo lugar” (Chico Science)

Os cursinhos populares são muito heterogêneos no que se diz respeito á matriz ideológica, movimento social de origem e em decorrência disso são diferentes também com relação aos seus projetos político-pedagógicos. No entanto, todos eles têm algo em comum: surgiram com o intuito de democratizar o acesso ao ensino público superior. Em 2009, apenas 21,8% dos ingressantes da Unicamp eram oriundos de escolas públicas, número que aumentou em 2010 para 27%. Esse número parece pequeno? Nos inicio dos anos 90 eles se alternavam entre 10, 11%. Nesse contexto os cursinhos surgiram para reivindicar o acesso a universidade pública com vistas á de um lado, fazer justiça, já que a população que não ingressa nas universidades é a que não tem condições de pagar uma faculdade particular de qualidade, e a que ingressa é a que tem condições até de fazer intercâmbios no exterior, e de outro lado incentivar o senso critico nos estudantes ingressantes, desde as aulas nos cursinhos. De forma que, os engenheiros, médicos, advogados, sociólogos e historiadores que sairiam das favelas, das periferias, voltassem para essas para melhorar a condição de vida da população.

Na época em que estudei num cursinho popular eu trabalhava no Cambuí e estudava no Dic IV, tremia de indignação diante do fato de que do Jardim do Trevo para cá, do Parque Oziel para cá, era de praxe saírem para trabalhar as 7, as 6 da manha empregadas domésticas, pedreiros, auxiliares geral, etc.. e do Cambuí para lá as 08 da manha, advogados, grandes empresários, etc. A pobreza e a desigualdade social não são um mero dado estatístico como querem nos fazer crer alguns economistas, ela é também cultural. De que adianta uma parcela da população ascender à classe média e seus filhos continuarem a estudar em escolas públicas sem nem imaginarem o ingresso numa universidade publica? Ou ainda, terem condições de pagar escolas particulares e logo em seguida faculdades particulares se já pagam com seus impostos as melhores universidades do Brasil, que (ainda) superam em qualidade de ensino/pesquisa/extensão e excelência as particulares? Ora, a desigualdade social é também desigualdade de condições de acesso aos bens públicos , e já que a progressão continuada no ensino básico nos faz especular que a UNICAMP, a UNESP e a USP, UFSCAR, UNIFESP, etc, parecem não ter sido feitas para esse povão, nós a sociedade civil, temos a nossa disposição esses cursinhos populares, que deram um passo à frente, quase uma desobediência civil ao ingressarem no seio das comunidades carentes a idéia da possibilidade do filho da empregada doméstica, da sacoleira, o filho do pedreiro, do lavador de carros, do indigente, serem médicos, engenheiros, físicos, nutricionistas e bem mais do que isso, transformadores. Sim! Porque uma vez num cursinho popular, e você aprende que as contradições dessa sociedade não são naturais. Como dizia Bertolt Brecht “ o que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar como está”.

Logicamente, as políticas publicas dos governos FHC e Lula como o Pro-Uni e as cotas para negros aumentaram as chances dos alunos de escolas públicas, negros, pardos e índios ingressarem nas universidades. Mas estou falando de uma tendência que vem do fim dos anos 80. Em Campinas, por exemplo, o cursinho popular mais antigo tem 14 anos, ou seja, surgiu antes de algumas dessas políticas públicas.

Os cursinhos representam ainda uma descentralização das linhas de frente contra os estragos do lucro a qualquer custo, pois com a proliferação de movimentos sociais no Brasil na década de 70 e 80, surgiram novas demandas, novos direitos estão sendo almejados. Boa parte dos movimentos negros lutaram por cotas raciais na universidades e conseguiram, os movimentos GLTBS conquistaram união estável e agora os cursinhos populares estão cada vez mais unidos para virtualizar esse circulo vicioso que é a desigualdade social, que é patente também na desigualdade do nível de qualificação profissional. Nesse instante, enquanto escrevo, centenas de pessoas cujos pais na maioria das vezes não tiveram a oportunidade de cursar nem o ensino médio, estão sonhando com o acesso às universidades públicas. Os diplomas de curso superior logo estarão espalhados em todos os cantos de Campinas e não somente em áreas privilegiadas pela manutenção do status quo. Eis os cursinhos populares de Campinas:

Projeto Herbert de Souza
Fundado em 1987 na Vila União, periferia de Campinas, é o cursinho popular que atrai mais estudantes. Passam por lá anualmente cerca de 500 alunos, 99% deles oriundos de escolas públicas. Funciona com um processo seletivo de bolsas, onde quem pode pagar a mensalidade mantém um sistema de cotas para alunos de baixa renda que ou não pagam mensalidade ou pagam somente uma parte dela. A mensalidade é de R$85,00. Há aulas nos três períodos: manha, tarde e noite e ainda plantões aos sábados. Os professores são todos graduandos, mestrando ou doutorandos da Unicamp. Endereço: Duzolina Leone Tornieux. 249- Vila União Campinas-SP. F: 3223-0617

Centro de Educação Popular Oziel Alves Pereira
Localizado em uma das maiores ocupações da América Latina, agora legalizada e urbanizada graças as demandas dos moradores, o Parque Oziel, funciona há três anos com professores voluntários. Diferente dos outros cursinhos de Campinas na perspectiva pedagógica devido a faixa-etária dos estudantes( entre 25 e 35 anos) é voltado principalmente para o Enem e consequentemente para o Pro-Uni. Busca conciliar o método de Paulo Freire às defasagens de conteúdo provindas da escola pública. Funciona somente a noite e há plantões aos sábados. Endereço: externato do Parque Oziel. F: 9462-3348

Cursinho TRIU
Funciona numa escola pública perto do Terminal Barão Geraldo. Não cobra mensalidade dos estudantes e também busca o ingresso de alunos de baixa renda e oriundos de escolas públicas nas universidades públicas com senso critico estimulado durante as aulas que coerentes com as propostas dos cursinhos almejam não somente passar os conteúdos cobrados nos vestibulares, mas questioná-los a respeito da sua significação para os estudantes.

PROCEU-Cursinho da moradia
Funciona na Moradia dos estudantes da Unicamp. Totalmente gratuito também, é voltado para os moradores das áreas com índice de IDH mais baixo da região do Barão Geraldo, como o São Marcos por exemplo. Os professores são todos alunos da Unicamp também. Há aulas todos os dias a noite. Também tem um viés critico a respeito dos conteúdos cobrados. Busca o ingresso dos alunos numa perspectiva de deselitizar o ensino público.

Cursinho do DCE
Começou a funcionar esse ano na escola Carlos Gomes totalmente gratuito. As aulas são dadas todos os dias a noite, das 07:00 às 22:40.

Postado por Fernando Xavier Silva, 25 anos, estudante de Ciências Sociais na Unicamp no blog: http://eptv.globo.com/blogs/campinasemfoco/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SISU (SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA)

Desde o ano passado o MEC criou o sistema SISU.
Todos os alunos que fizerem o ENEM devem se inscrever no ite do SISU no início do ano para concorrer a vagas em instituições públicas de todo o país. Isto é, de acordo com sua nota no ENEM pode ser que você consiga ser aprovado, sem necessidade de vestibular, em diversas universidades públicas do País. Todos que pestarem o ENEM devem fazer essa inscrição. Vale a pena!!


Atenção! Aluno de escola pública

UNICAMP
O programa PAAIS (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social) da UNICAMP destina cotas para estudantes de escola pública. Saiba mais:



O programa PROFIS (Programa de Formação Interdisciplinas Superior) da UNICAMP destina vagas para os melhores colocados no ENEM de cada escola pública da cidade de Campinas.
A vantagem é que a vaga é garantida sem a necessidade do vestibular, a desvantagem é que o curso tem uma duração de 2 anos a mais. Saiba mais:



Para ter acesso ao Programa pedagógico provado, entre nos links abaixo:




INSTITUIÇÕES PRIVADAS



PROUNI



Programa de Concessão de bolsas de estudo em Instituições particulares para estudantes da rede pública e/ou baixa renda.



Para saber mais sobre o Prouni acesse o site:





Unicamp está com período para pedidos de isenção na inscrição aberto

Vestibulas UNICAMP 2012
Termina dia 31/05/11 o período para pedidos de isenção na taxa de inscrição para o vestibular da UNICAMP 2012.

Acesse o site para mais notícias:
http://www.comvest.unicamp.br/

Inscrições para o ENEM

Começa hoje a inscrição para o ENEM 2011

PROVAS DIA 22 E 23 DE OUTUBRO
CLIQUE AQUI E FAÇA SUA INSCRIÇÃO:
http://enem.inep.gov.br/


Acessem o link desta notícia: http://eptv.globo.com/campinas/educacao/NOT,1,1,349842,Inscricoes+para+o+Enem+comecam+na+proxima+segunda-feira.aspx

sexta-feira, 20 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Nesta sexta tem plantão de dúvidas das 18h às 19h na sala do 2.A, lá fora, ao lado da cantina.

Se não tiver dúvida a respeito do assunto tratado, mas quer uma ajuda para orientar seu estudo, especialmente quem quer prestar vestibular, aparece lá.


Para relaxar...Olhe esse vídeo da nasa






http://www.nasa.gov/